Anjinho
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A minha infância foi poema.
O quintal; parque de diversão.
Brincava só de pés descalços.
Comia frutos da imaginação.
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Pescava aranha com chiclete.
Fazia besouro puxar carroça.
Cutucar casa de marimbondo,
Não era brincadeira perigosa.
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Passarinhos caíam na arapuca.
Um só caiu pelo meu bodoque.
Já brinquei com um escorpião,
Não ser picado foi pura sorte.
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Coloquei borboleta na coleira.
Já espetei bunda de tanajura.
Injeção era ferrão de abelha,
Nada entendia de acupuntura.
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Esfreguei vaga-lume na roupa.
Guardava cigarra na caixinha.
Roubei muito jambo e biribá,
Em cima do telhado da vizinha.
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Paraquedas era guarda-chuva.
Guarda-roupa era esconderijo.
Caixa d’água era meu aquário.
Do meu quintal fiz um paraíso.
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Com abacate criava vaquinhas.
Fazia cabana de folhas verdes.
Escrevia versos atrás da porta.
Desenhava muito nas paredes.
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Bolinhas de gude e papagaios,
Jogo do bafo, polícia e ladrão.
Eram brincadeiras de crianças,
Mais comuns da minha geração.
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Assim foi minha infância querida.
Pique esconde e muitas caretas.
Mãe dizia que eu era hiperativo.
A vizinhança: Ele?! Era o capeta!
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Autor: Sandro Ernesto 10/05/2017
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Pelas carinhas de anjo, adivinhem quem foi
que roubou meu pirulito justamente na hora da foto?
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No primeiro verso eu confesso, a saudade encontrou teu brilhante achado poético. Abraços.
Meu caro amigo… as gavetas da minha memória estão repletas de recortes deste tempo e a saudade massageia minhas lembranças também. Um forte abraço e obrigado!
Seu poema me levou de volta à infância e pude reviver minha essência de menina descalça… Obrigada!
Tempos bons!
Querida Tama… sinto saudades dos pequenos que a cidade expulsou do nosso convívio. Já não vejo mais joaninhas, vaga-lumes, besouros e borboletas como antigamente ( para a sorte deles kkkkkkk ) Bons tempos mesmo. Agradeço sua visita… um forte abraço!
Verdade. E ousadia era nosso forte né? Eu não imagino minha filha capturando aranhas (ou caranguejos como chamávamos) com chiclete… São tempos de caças on line rs.
Agora são tempos de Pokémon KKKKKK. Abraços
Apesar de o meu português de Portugal não reconhecer muitas destes termos, acho o poema uma delícia. Imaginação e asneiras fazem parte de ser criança.
Mas espero que hoje goste mais de insectos… 🙂
As vezes aqui mesmo no Brasil existe diferenças de um termo, de um estado para outro Dulce! Mas era por gostar demais de insetos que fazia tudo isto rsrsrsrsr (imagine se não gostasse). Um forte abraço minha querida e obrigado pela visita! Bjs
Legal seu poema, amei! Voltei em profundidade a um passado remoto dado a minha idade. Quero que saiba que o melhor está para você e Deus quer. Abraço!
Que assim seja meu caro amigo… obrigado pela atenção! São muitas lembranças para um poema só…. acabei por ficar neste, restrito ao insetos praticamente kkkkkkkkkk. Um forte abraço!
por alguns segundos…voltei no tempo…rs…
Eu sempre volto por ter vivido plenamente esta época… não que eu seja saudosista, mas talvez por ser um crianção ainda kkkkkkkkk . Beijo no coração
Eu também tive uma infância muito feliz…
Com certeza é isto um bom sinal, minha querida amiga!
Infância maravilhosa! Foto linda! Poema mágico! Parabéns Sandro. Beijo no ❤.
Oie Filipa… obrigado pela leitura e comentário. O registro foi justamente na hora que estava de bocão aberto… alguém aprontou comigo kkkkkkkkk. Beijo no coração!
Um forte abraço amigo.
La infancia. Ese territorio al que siempre se vuelve. Me ha encantado. Un saludo.
Gracias por leer y comentar mi querida amiga. Este es uno de mis territorios favoritos … la infancia. Beso en el corazón
Versos lindos da criança liberdade!
“Criança liberdade”… está aí uma combinação perfeita meu caro amigo! Obrigado pela leitura e comentário… Um forte abraço!
Estou levando pro meu baú de coisas belas…
Bom dia minha querida amiga… obrigado pela leitura e comentário tão gentil. Fico imensamente feliz por minha poesia fazer parte do seu baú de coisa belas, Rosa… vou guardar seu comentário no meu baú. Beijo no coração!
Que doçura!
Doçura é sua presença e seus comentários aqui minha querida amiga! Obrigadooooo…. beijo no coração!
Obrigada, poetamigo
Meu amigo este poema me transporta ao passado, lembranças da minha infância. Parabéns amigo, um abraço fraterno do Poeta Carvoeiro
Bom dia meu querido amigo… acho que não tem como não se deixar ser levado pelas lembranças de infância. Obrigado pela leitura e comentário… um forte abraço!
Com certeza querido amigo, feliz ano novo para ti e toda sua família. Um fraternal abraço do poeta Carvoeiro
Adorei as referências da infância. De alguma forma diz muito de todos nós.
Bom dia minha querida amiga Mara… somos tão intensos na nossa infância que é difícil sintetizar em apenas uma poesia mas na maioria somos todos “anjinhos”. para o bem da humanidade kkkkkkkkkkkk Que sua semana seja abençoada e produtiva! Beijo no coração