Em Préstimos
Sentada no banco dos réus, titubeia
Algemada em dívidas e sem defesa
Corre os olhos no contrato na mesa
Preste a assinar a confissão sumária
.
Pelo tal neocapitalismo hereditário
Pagarás caro com o teu sono e brio
Venderás tua alma ao anjo sombrio
Ré confessa do sistema monetário
.
Não terás sossego na tua própria casa
Terás nome vinculado no Spc e Serasa
Comprometerás todos os fios de cabelo
.
Diante do espelho a vaidade te dará asa
Totalmente nua e plasticamente devassa
transcenderá em préstimos o seu apelo
Autor : Sandro Ernesto 03/04/2013