Gripe de risco ( distanciamento social )



A saudade presente,
Que diz tanto do ente,
Que distante doente,
Morre isoladamente.
E digo eu irreverente:
Estar só é incoerente!
 
Ao moço que junta,
Dos de risco se afaste.
Se é festa o almoço,
Se o jantar é à parte,
Apartar de quem ama,
Não é um descarte…
É garantir que abraços,
Sejam dados mais tarde.
 
Com o templo as máscaras cairão.
É óbito… As mais caras vão cair.
Se é arma biológica ou não,
Até quando vamos resistir?!
 
Velho pena se infectado,
Vale a pena o ar riscar?!
Antes era ar-condicionado,
Agora, ventilador pulmonar.
Pois fiquemo-nos conectados,
Até que a vida volte ao normal.
Todos em casa respeitando,
À risca o distanciamento social.

 
Sandro Ernesto 21/04/2020

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7 Resultados

  1. Muito bom seu recado / Um jogo de palavras / Que dá resultado!

    Abraços

    • panografias disse:

      Bom dia Ana… eu sempre gostei de brincar com as palavras, de dar novos sentidos para enviar uma mensagem. Na maioria das vezes de forma humorada, mas claro, com a seriedade devida. Obrigado minha querida pela gentileza na presença e comentários aqui. Beijo no coração

  2. estevamweb disse:

    Fico a imaginar: como tem gente que não entende isso?

    • panografias disse:

      Estevam, meu querido poeta… às vezes é difícil de entender quando não passamos por determinado infortúnio! Geralmente isto acontece quando nossos olhos está voltado para nosso próprio umbigo. Entender isto é sinal de maturidade, acredito. Obrigado sempre pela presença… grande e forte abraço!

  3. Parabéns Sandro, por poetizar de forma exemplar o momento!

    • panografias disse:

      Danilo, meu querido amigo… às vezes penso que a poesia não deveria ser usada para esta finalidade, mas… acabo não resistindo! Obrigado pelo pela visita e comentário… beijo no coração!

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